sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Seleção de filmes sobre direitos humanos será exibida no Festival do Rio


EBC- Agência Brasil


Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli

O Festival do Rio 2014, que começou ontem, traz este ano a seleção Cinema e Direitos Humanos, em parceria com a Anistia Internacional. Foram escolhidos 19 documentários para a programação especial, que tratam da luta pelos direitos humanos na atualidade. Algumas sessões serão seguidas de debate.
De acordo com a entidade, “a cultura é um componente essencial à consolidação de um universo de valores que reconheça os direitos humanos de todas as pessoas”. E o cinema contribui para o fortalecimento “de uma consciência sobre as circunstâncias diversas onde os direitos humanos são violados, mas, sobretudo, para a ampliação do que chamamos de 'cultura de direitos'”, onde há a atitude de solidariedade e compromisso ativo com a defesa dos direitos de todas as pessoas, diz o diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque.
Entre os títulos selecionados estão Procurando Fela Kuti, sobre o músico criador da revolução cultural do Afrobeat; Nós, o Gigante Acordado, sobre cidadãos que precisam escolher entre pegar em armas ou a mudança pela paz para alcançar a justiça e a liberdade; Contos Iranianos, que mostram a realidade iraniana por meio de complexas personagens femininas; Revolução ao Contrário, primeiro filme de uma trilogia que analisa os movimentos de revolta com a crise financeira, como o Occupy Wall Street; e Big Men – Homens de Petróleo, sobre a exploração de óleo na Nigéria e o comércio em países politicamente instáveis.
Programação:
http://issuu.com/anistiabrasil/docs/anistia_folderfestivalrio_22set_3677980594dccf/1

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Comissão de Direitos Humanos denuncia Venezuela por deterioração do direito de liberdade de expressão



VOX Internacional
Redação Portal-23/09/2014

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) publicou na última segunda-feira, 22 de setembro, relatório que denuncia a “deterioração do direito de liberdade de expressão” na Venezuela.
A CIDH critica o governo do presidente Nicolás Maduro por recorrer a pressão política e econômica contra a mídia.
Na semana passada, uma cartunista foi demitida do jornal “El Universal” por causa de um desenho que criticava a situação de saúde no país.
Dois outros veículos, a TV Globovisión e o jornal “Ultimas Noticias”, abandonaram a linha crítica ao governo após terem sido recentemente comprados por investidores. A CIDH também denuncia Maduro por ameaçar abrir processo contra veículos que cobrem um surto de doença desconhecida em Maracay.

EI executa ativista de direitos humanos em praça de Mossul


Exame. com

23/09/2014
Placa do EIIL em Mossul, após tomada da cidade pelos rebeldes
Mossul - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou a tiros nesta terça-feira uma ativista de direitos humanos em uma praça de Mossul (norte do Iraque), cidade sob o controle da organização extremista desde junho passado.
Samira Saleh al Noeimi foi assassinada após permanecer mais de uma semana detida pelo EI por chamar de "ação bárbara" a destruição com explosivos, por parte dos jihadistas, de várias mesquitas e mausoléus sunitas em Mossul, capital da província de Ninawa, no norte do Iraque.
O EI explicou que as causas da execução da ativista foram suas denúncias contra a organização extremista e sua "apostasia" (abandono da fé) da religião islâmica.
Membros do grupo entregaram o corpo de Noeimi para sua família mas proibiram a realização de um funeral.
A organização extremista executou em Mossul dezenas de intelectuais, antigos candidatos ao parlamento iraquiano e membros dos órgãos de segurança. Além disso, os extremistas decapitaram pessoas acusadas de praticar feitiçaria e apedrejaram homens e mulheres por suposto adultério.
Os jihadistas explodiram mesquitas onde existem túmulos de tradicionais clérigos de Mossul por considerar que os templos devem ser usados apenas para o culto e não como sepultura.
Em junho, o EI aconseguiu importantes conquistas nas províncias de Ninawa, Saladino e Diyala, na metade norte do país, e declarou um califado nos territórios da Síria e Iraque sob seu domínio.

domingo, 21 de setembro de 2014

Forças Armadas admitem violação de direitos humanos durante ditadura

R 7 notícias-
EFE
As Forças Armadas afirmaram pela primeira vez na história que não estão em condições de negar as "graves violações de direitos humanos" em instalações militares durante a ditadura, segundo os documentos divulgados neste sábado pela CNV (Comissão Nacional da Verdade).  
As três forças (Aeronáutica, Marinha e Exército) enviaram relatórios ao ministro da Defesa, Celso Amorim, nos quais não negam nem confirmam a violação de direitos humanos, como a CNV tinha solicitado previamente.
Segundo o documento elaborado pelo Ministério da Defesa e divulgado pela CNV, o Exército alegou que "não lhe é pertinente manifestar-se a respeito dos atos formais e de outras decisões tomadas pelo Estado brasileiro ou, ainda, opinar sobre situações já definidas pelo ordenamento jurídico vigente".
A Marinha, por sua vez, afirmou que "não foram encontrados indícios nem provas documentais ou materiais que permitam confirmar ou negar as informações apresentadas pela CNV (Comissão Nacional da Verdade), por meio do Ofício nº 124/2014-CNV, sobre a ocorrência de graves violações de direitos humanos na Base Naval da Ilha das Flores, nas décadas de 1960 e 1970".
Já a Força Aérea ressaltou que "o Comando da Aeronáutica também não dispõe de elementos que sirvam de fundamento para contestar os atos formais de reconhecimento da responsabilidade do Estado brasileiro".
Além disso, no documento apresentado à CNV, o Ministério da Defesa ressaltou que os Comandos Militares "não se contrapõem" ao reconhecimento da responsabilidade estatal pela ocorrência de graves violações de direitos humanos.
— O Ministério da Defesa, como parte integrante do Estado Brasileiro, compartilha do reconhecimento da responsabilidade estatal pela ocorrência de graves violações de direitos humanos praticadas no período de 18 de setembro de 1946 a 05 de outubro de 1988. Nesse sentido, observo que as conclusões dos ofícios dos Comandos Militares não se contrapõem a esse reconhecimento.
As palavras são de Amorim em um documento remetido na tarde de ontem à CNV. O ofício assinado por Amorim foi uma resposta a um questionamento feito pela Comissão da Verdade no dia 13 de agosto.
A CNV exigiu que o Ministério da Defesa e às Forças Armadas esclarecessem se confirmavam ou negavam as informações sobre graves violações dos direitos humanos cometidas em instalações militares durante a ditadura, que foram reconhecidas pelo Estado brasileiro.
Após a divulgação do documento neste sábado, a Comissão Nacional da Verdade afirmou que só comentará o relatório na próxima segunda-feira.
A CNV começou a atuar em maio de 2012 e foi criada pelo atual governo com o objetivo de investigar possíveis casos de violação dos direitos humanos no Brasil entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. O documento está disponível no site da CNV.