BLOG- Direitos Humanos. Criado pela professora Mariene, especialista em Direitos Humanos. Esse espaço serve para informar, refletir e discutir assuntos relacionados aos Direitos Humanos.Sintam-se a vontade para comentar e postar no blog.
sábado, 4 de outubro de 2014
Exposição ilustra Cartilha dos Direitos
Notícias do Dia / RIC Mais
Carla Superti
Uma exposição ilustra a Cartilha dos Direitos Humanos para crianças em Balneário Camboriú. São obras de 16 artistas que fazem parte da mostra “Meu Mundo é Seu Mundo – Meu Direito é Seu Direito”, , que está aberta ao público na sede da Câmara de Vereadores até o dia 31 de outubro. A visitação pode ser feita de segunda-feira a sexta-feira, das 13h às 19h. A mostra tem como objetivo homenagear a as crianças no mês dedicado a elas e divulga.
Carla Superti
Uma exposição ilustra a Cartilha dos Direitos Humanos para crianças em Balneário Camboriú. São obras de 16 artistas que fazem parte da mostra “Meu Mundo é Seu Mundo – Meu Direito é Seu Direito”, , que está aberta ao público na sede da Câmara de Vereadores até o dia 31 de outubro. A visitação pode ser feita de segunda-feira a sexta-feira, das 13h às 19h. A mostra tem como objetivo homenagear a as crianças no mês dedicado a elas e divulga.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Religiosidade e Direitos humanos
Por Mariene Hildebrando
Acho que a religião ideal
seria a que abrange tudo.
Não pretendo falar de uma religião em particular, mas sim
de religiões. Em um mundo globalizado, onde os problemas aumentam, são crises
financeiras, crises políticas, guerras, valores ameaçados, o que acaba
acontecendo é que a religião, para muitos, acaba por ser o caminho para a salvação e para a resolução dos problemas, mas a globalização também aproxima as pessoas. Une - nos em torno de causas e lutas comuns.
Lutamos pela justiça e pela paz, contra o preconceito, ajudamos aqueles que
estão sofrendo por catástrofes naturais, ou por quem está no meio de uma
guerra, e nessa hora queremos ser
solidários, independente da religião que praticamos.
Caminhamos para o
sincretismo religioso, quando deixamos as diferenças de lado, as crenças e
doutrinas se fundindo em torno de algo maior como a compaixão e o amor pelo
próximo, como a repulsa pelas desigualdades e a luta por um mundo mais fraterno
e solidário. “Sincretismo", (Houaiss),
é "a fusão de diferentes cultos ou
doutrinas religiosas”. Nesses momentos o que nos move é um sentimento maior
que ultrapassa o tempo, as práticas religiosas e as crenças individuais. É a fraternidade que
nos une. Mas surge a pergunta inevitável: Quanto isso é benéfico para nós?
Quanto o sincretismo religioso pode nos desorientar e nos afastar daquilo que
acreditamos e praticamos dentro da nossa fé, ou quanto ele nos aproxima das
pessoas no momento em que nos une em torno de algo maior? Ele nos enfraquece ou
nos torna mais fortes e tolerantes, orientando nossas ações?
O papa Francisco recentemente se posicionou contra o
sincretismo quando afirmou que: "Um sincretismo conciliador seria, no
fundo, um totalitarismo dos que pretendem conciliar prescindindo de valores que
os transcendem e dos quais não são donos. A verdadeira abertura implica
conservar-se firme nas próprias convicções mais profundas, com uma identidade
clara e feliz, mas disponível para compreender as do outro e sabendo que o
diálogo pode enriquecer a ambos. Não nos serve uma abertura diplomática que
diga sim a tudo para evitar problemas, porque seria um modo de enganar o outro
e negar-lhe o bem que se recebeu como um dom para partilhar com generosidade.” (Evangelii
Gaudium, 251, O diálogo inter- religioso).Compreender e
dialogar somente. ( Ecumenismo)
A verdade é que não tenho respostas para as perguntas que
fiz anteriormente. Sabe-se que as
pessoas que possuem algum credo, alguma religião, são mais felizes, isso
segundo a própria ciência. Tirando algumas exceções, precisamos acreditar na salvação, em algo maior que nós,
que satisfaça nossos anseios espirituais básicos e que nos dê esperança.
Precisamos ter para onde correr, a quem orar, adorar, acreditar. Precisamos
transbordar a nossa fé em algo, em alguém,
ou um Deus. Certamente alguns não concordam com isso. Escolhem não ter
religião. Isso é liberdade religiosa. Mas
voltando aos que professam alguma fé, a pergunta é: Por que algumas pessoas
acham que sua religião ou sua crença é sempre a melhor? Porque alguns brigam por causa disso, são
intolerantes com a fé alheia, a ponto de
morrer defendendo sua crença, pior, á ponto de matar por ela? Não podemos
viver em harmonia com todos, sem achar que a minha escolha é a correta? Com
certeza quando falamos de respeito e tolerância religiosa podemos dar exemplo
ao mundo. Aqui não matamos, nem cometemos outras atrocidades, em nome da
religião.
Somos um país em que a pluralidade religiosa está presente,
em que a mistura de raças, cores e credos, nos torna um país com uma
diversidade cultural e religiosa incrível, onde se procura garantir a igualdade
respeitando as diferenças. O Programa Nacional dos Direitos Humanos possui uma
cartilha –Diversidade Religiosa e Direitos Humanos- elaborado por pessoas de diversos credos, que acreditam
em um mundo melhor. O Brasil como Estado laico deve garantir a liberdade
religiosa de seus cidadãos. Diz o artigo 5º, inciso VI, da Constituição
Federal do Brasil: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
A Portaria nº 92, de 24 de janeiro
de 2013, instituiu o Comitê Nacional da Diversidade Religiosa, que tem como
finalidade,” auxiliar a elaboração de políticas de afirmação do direito à
liberdade religiosa, do respeito à diversidade religiosa e da opção de não ter
religião de forma a viabilizar a implementação das ações programáticas
previstas no Plano Nacional de Direitos Humanos”. (Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República).
A religião ideal
não existe. Ouso dizer que se existisse, conteria um pouco de cada uma. Nossa
plenitude e felicidade independem de seguir esta ou aquela religião, esta ou
aquela doutrina, esta ou aquela crença. Não existe a mais correta. Existe a que me faz
feliz e satisfaz minhas necessidades. Todas tem como base o amor, o respeito ao
próximo, a compaixão, o perdão e outros valores e qualidades que só nos fazem
bem. Os conflitos que muitas vezes são gerados pela religião não acrescentam em
nada para a humanidade.
Seja como for, acreditar em algo, ter fé, exercitar a
espiritualidade, nossas crenças, buscar o que melhor reflete o que pensamos e sentimos só
pode nos fazer bem. Cada um sabe o que é melhor para si, e o que corresponde
aos seus valores. Aquilo que nos tráz paz e conforto, que nos alegra e alivia a
alma. Mas não devemos achar que nossas escolhas são melhores do que a dos
outros. Devemos respeitar toda e qualquer crença e deixarmos a intolerância
para trás. Uma sociedade justa e democrática se constrói em cima do diálogo e
do respeito às diferenças. Somos livres
para pensar diferente, mas esse pensar não pode ser no sentido de discriminar,
de ofender ou usarmos de violência para defender aquilo que acreditamos. Não
importa o nome que damos a ELE, Deus, Alá, Tupã, Javé, Olorum, O Grande
Espírito, A Deusa, Brahman, o Arquiteto do Universo,... No final todos almejam
a mesma coisa, a paz entre os homens, e que nossos direitos básicos sejam
garantidos, e que o principal deles ( o direito a vida) seja preservado e
respeitado.
“Ninguém nasce odiando outra pessoa
pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a
amar.”(Nelson Mandela)
domingo, 28 de setembro de 2014
De quem é o Brasil?
Por Mariene Hildebrando
Eis uma boa pergunta. Dos índios que habitavam essas terras, dos portugueses que descobriram esse território? Quem já não ouviu dizer que o Brasil é dos índios que já aqui estavam quando ele foi descoberto pelos portugueses. O Brasil é um país miscigenado, índios, negros, brancos, mulatos, amarelos, enfim, somos a soma de todos esses grupos. Formamos a nação Brasileira que é única e possui uma multiculturalidade ímpar. Somos esse país que é de todos os cidadãos brasileiros. Somos um povo alegre, que dá exemplo ao mundo da convivência em harmonia, e segundo nossa Constituição Federal, sem distinção de cor, raça, credo ou sexo. Um Estado laico, mestiço e bonito por natureza. Somos todos brasileiros, não somos índios, mestiços, negros, brancos ou mulatos, mas sim, a mistura de etnias,a diversidade na igualdade.
Somos a Nação Brasileira. O Brasil é de todos!
Portugal confiante na eleição para o Conselho de Direitos Humanos
DN Globo
Por lusa
ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português mostrou-se hoje confiante na eleição de Portugal para o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, comprometendo-se, perante a Assembleia-geral da ONU, a defender a universalidade destes direitos.
No seu discurso durante a 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, Rui Machete recordou as "propostas e compromissos" que Portugal apresentou no âmbito da sua candidatura, "com o objetivo de promover e proteger a universalidade, indivisibilidade, inalienabilidade e interdependência de todos os direitos humanos - civis, culturais, políticos e sociais".
"Se eleito, Portugal exercerá o seu mandato convicto de que o sistema das Nações Unidas de proteção dos direitos humanos deve permanecer forte, independente e exigente. Portugal é, aliás, parte, sem reservas, de oito dos tratados fundamentais de direitos humanos das Nações Unidas e de todos os respetivos protocolos adicionais", acrescentou o ministro.
A votação, que está marcada para 21 de outubro, é encarada por Portugal "com expectativa mas também com esperança" porque, "se for eleito, Portugal será, pela primeira vez, membro de tão importante órgão", disse, recordando que, no âmbito do segundo exame periódico universal do Conselho de Direitos Humanos, realizado em abril passado, o país "mereceu amplo reconhecimento".
Portugal, acrescentou, "tem participado ativamente nos 'fórum' multilaterais de direitos humanos, em particular no Conselho de Direitos Humanos, onde apresenta anualmente resoluções sobre o direito à educação e sobre os direitos económicos, sociais e culturais".
"Esperamos, no decurso dos próximos três anos, ter a oportunidade de contribuir ainda mais significativamente, pois acreditamos na capacidade do Conselho para apoiar os Estados-membros no cumprimento das suas obrigações em matéria de direitos humanos", mencionou Rui Machete.
Assinar:
Postagens (Atom)