terça-feira, 2 de maio de 2017

Por um futuro de paz

O Dia Internacional Contra a Homofobia é comemorado no dia 17 de maio em todo mundo. Foi quando a homossexualidade foi retirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS),
 É um dia que é conhecido como um dia de luta contra a transfobia e a bifobia também. Bifobia é a aversão a quem é bissexual e transfobia é quando pessoas e grupos de identidades de gêneros, como a população  trans (transgêneros, travestis, transexuais) como as lésbicas, o bissexual, o gay , o travesti,o grupo (LGBT) sofre preconceito, aversão, discriminação, constrangimento ou sofre algum tipo de violência por outras pessoas ou grupos de pessoas que se acham “normais”.  Normais?  Mas o que é normal afinal? Ser normal é um conceito relativo, se diz por aí que “de perto ninguém é normal”.
             Ser normal segundo o dicionário é estar dentro das regras, da normalidade, regular, dentro da média. Ora, vamos combinar que hoje em dia cada vez mais esses paradigmas caem por terra. Somos bilhões de pessoas habitando esse planeta, cada qual com suas características, com suas peculiaridades, físicas, genéticas, culturais. A diversidade faz parte da nossa natureza, então como podemos dizer o que é normal? Como podemos em nome da “normalidade” classificar pessoas, enquadrá-las em algum tipo de conceito ou perfil que achamos ser o ideal, como se todo o resto não importasse e merecesse o nosso desprezo e a nossa discriminação. Somos diferentes, cada qual com seus sonhos, quereres, gostos, amores, cada qual com sua vida, suas crenças.  Devemos entender que somos todos iguais em direitos, mas diferentes na nossa essência, diferentes como seres humanos que somos. Quando destoamos do que a maioria considera como normal, nos sentimos fragilizados e nos tornamos um alvo fácil para pessoas preconceituosas, nos tornando vítimas daqueles que se arvoram o direito de julgar e condenar.
            São vários os fatores discriminatórios perpetrados contra os homossexuais, o que acaba causando a marginalização e a segregação social de pessoas que têm uma sexualidade distinta. Assim, acontecem a cada hora atos de violência, atos de crueldade e humilhação contra a população homossexual, lésbica, gay, transexual. A homofobia cresce a cada dia em nosso país, como se fosse um vírus a se espalhar. A homossexualidade faz parte da nossa sociedade, configurando-se em um tema gerador de polêmicas e preocupante no contexto atual. Preconceito e discriminação andam juntos.
            Existir um dia internacional contra a homofobia é necessário para que nos conscientizemos sobre a discriminação e a desumanidade dos atos violentos que são infligidos a esses indivíduos diariamente. É importante para que nos posicionemos sobre a importância de criminalizar a homofobia. Essa luta deve ser de todos aqueles que querem uma sociedade mais justa
             Nesse dia acontecem vários atos e atividades de promoção de direitos iguais aos homossexuais e todos que fazem parte do mundo LGBT. O combate a homofobia é importante para termos uma sociedade mais igualitária e justa. A compreensão desse tema evita conflitos e potencializa a aceitação de que somos seres humanos em constante aprendizado, e que a diversidade faz parte da condição humana. Respeitar as diferenças, respeitar o ser humano nos levará a um convívio pacífico, a um mundo mais solidário,  onde todos são valorizados. Não podemos tolerar que a intolerância predomine.
A nossa  Constituição Federal consagra no artº 1 inc.III a  dignidade da pessoa humana, tem como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa, solidária, bem como a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, ou de qualquer outra espécie (art. 3º, I e IV CF), e consagra a igualdade como direito fundamental (art. 5º, caput, da CF).
            Antes de qualquer coisa somos seres humanos. Promover um novo jeito de pensar e agir é compromisso nosso, é um caminho para se viver melhor e em paz. Se queremos um futuro sem violência nem discriminação contra a população homossexual, precisamos ter leis mais efetivas, cobrar a atuação do Estado com mais rigor. Educar as crianças, educar os adultos para que essa situação não se perpetue. É preciso levar esse tema a sério e respeitar os direitos humanos e fundamentais
 O preconceito é condenável e em nada acrescenta ao ser humano. Somos o que somos , nosso caráter não é definido pela nossa identidade de  gênero ou sexo ou cor ou pela minha orientação sexual, ou....qualquer coisa que queiram inventar para justificar aquilo que não pode ser justificado.
Não podemos tolerar que a intolerância predomine!
Mariene Hildebrando
e-mail: marihfreitas@hotmail.com