O Dia Internacional Contra a Homofobia é comemorado no dia 17
de maio em todo mundo. Foi quando a homossexualidade foi retirada da
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com
a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS),
É um dia que é conhecido como um
dia de luta contra a transfobia e a bifobia também. Bifobia é a aversão a quem
é bissexual e transfobia é quando pessoas e grupos de identidades de gêneros,
como a população trans (transgêneros,
travestis, transexuais) como as lésbicas, o bissexual, o gay , o travesti,o
grupo (LGBT) sofre preconceito, aversão, discriminação, constrangimento ou
sofre algum tipo de violência por outras pessoas ou grupos de pessoas que se
acham “normais”. Normais? Mas o que é normal afinal? Ser normal é um
conceito relativo, se diz por aí que “de perto ninguém é normal”.
Ser normal segundo o dicionário é estar dentro
das regras, da normalidade, regular, dentro da média. Ora, vamos combinar que
hoje em dia cada vez mais esses paradigmas caem por terra. Somos bilhões de
pessoas habitando esse planeta, cada qual com suas características, com suas
peculiaridades, físicas, genéticas, culturais. A diversidade faz parte da nossa
natureza, então como podemos dizer o que é normal? Como podemos em nome da
“normalidade” classificar pessoas, enquadrá-las em algum tipo de conceito ou
perfil que achamos ser o ideal, como se todo o resto não importasse e merecesse
o nosso desprezo e a nossa discriminação. Somos diferentes, cada qual com seus
sonhos, quereres, gostos, amores, cada qual com sua vida, suas crenças. Devemos entender que somos todos iguais em
direitos, mas diferentes na nossa essência, diferentes como seres humanos que
somos. Quando destoamos do que a maioria considera como normal, nos sentimos
fragilizados e nos tornamos um alvo fácil para pessoas preconceituosas, nos
tornando vítimas daqueles que se arvoram o direito de julgar e condenar.
São vários os fatores
discriminatórios perpetrados contra os homossexuais, o que acaba causando a
marginalização e a segregação social de pessoas que têm uma sexualidade
distinta. Assim, acontecem a cada hora atos de violência, atos de crueldade e
humilhação contra a população homossexual, lésbica, gay, transexual. A
homofobia cresce a cada dia em nosso país, como se fosse um vírus a se
espalhar. A homossexualidade faz parte da nossa sociedade, configurando-se em
um tema gerador de polêmicas e preocupante no contexto atual. Preconceito e
discriminação andam juntos.
Existir um dia
internacional contra a homofobia é necessário para que nos conscientizemos
sobre a discriminação e a desumanidade dos atos violentos que são infligidos a
esses indivíduos diariamente. É importante para que nos posicionemos sobre a
importância de criminalizar a homofobia. Essa luta deve ser de todos aqueles
que querem uma sociedade mais justa
Nesse dia acontecem vários atos e atividades
de promoção de direitos iguais aos homossexuais e todos que fazem parte do
mundo LGBT. O combate a homofobia é importante para termos uma sociedade mais igualitária
e justa. A compreensão desse tema evita conflitos e potencializa a aceitação de
que somos seres humanos em constante aprendizado, e que a diversidade faz parte
da condição humana. Respeitar as diferenças, respeitar o ser humano nos levará
a um convívio pacífico, a um mundo mais solidário, onde todos são valorizados. Não podemos
tolerar que a intolerância predomine.
A nossa Constituição
Federal consagra no artº 1 inc.III a
dignidade da pessoa humana, tem como objetivos fundamentais a construção
de uma sociedade livre, justa, solidária, bem como a promoção do bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, cor, ou de qualquer outra espécie (art. 3º, I
e IV CF), e consagra a igualdade como direito fundamental (art. 5º, caput, da CF).
Antes
de qualquer coisa somos seres humanos. Promover um novo jeito de pensar e agir
é compromisso nosso, é um caminho para se viver melhor e em paz. Se queremos um
futuro sem violência nem discriminação contra a população homossexual,
precisamos ter leis mais efetivas, cobrar a atuação do Estado com mais rigor.
Educar as crianças, educar os adultos para que essa situação não se perpetue. É
preciso levar esse tema a sério e respeitar os direitos humanos e fundamentais
O preconceito é condenável e em nada
acrescenta ao ser humano. Somos o que somos , nosso caráter não é definido pela
nossa identidade de gênero ou sexo ou
cor ou pela minha orientação sexual, ou....qualquer coisa que queiram inventar
para justificar aquilo que não pode ser justificado.
Não podemos tolerar que a
intolerância predomine!
Mariene Hildebrando
e-mail:
marihfreitas@hotmail.com