Em janeiro de 2013, o Brasil volta ao Conselho de Direitos Humanos da ONU como membro pleno, com direito a voto sobre resoluções do organismo.
E pretende, durante seus três anos de mandato, fazer com que as violações de direitos humanos em diferentes países sejam tratadas da mesma forma.
"Temos que procurar evitar que o conselho se interesse por um tipo de violação num país e não se preocupe com a mesma violação no outro", disse à Folha, por telefone, de Genebra a embaixadora Maria Nazareth Farani, representante do Brasil para o conselho.
Segundo a embaixadora, a posição do Brasil é de compensar essa "seletividade" trazendo temas específicos para as discussões. Com isso, países poupados do debate por razões políticas também teriam seus casos avaliados.
No caso do Brasil, a embaixadora nega, contudo, que o governo seja mais brando ao votar sobre violações de governos amigos, como Teerã.
Esse será o terceiro mandato do país desde 2006, quando o órgão foi criado. O Brasil foi eleito com 184 votos entre 193 países-membros, junto com Argentina e Venezuela.
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