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Akemi Nitahara - Agência Brasil10.10.2014 - 20h49 | Atualizado em 10.10.2014 - 22h05
Com o objetivo de integrar os movimentos sociais, coletivos, pessoas, entidades e instituições em torno de atividades educadoras, chegou hoje (10) ao Rio de Janeiro a Caravana de Educação em Direitos Humanos. Para criar espaços abertos, plurais e inclusivos, ela percorre todo o país, colhendo depoimentos de grupos vulneráveis e em situação de violação de direitos humanos.
A caravana foi lançada em abril e já fez 21 sessões em capitais como Natal, São Paulo, Manaus, Recife, Teresina, Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Vitória, além de cidades do interior. Foi idealizada no Fórum Mundial de Direitos Humano que ocorreu em Brasília no ano passado, e segue com agenda até o fim de 2015, quando ocorrerá a Conferência Nacional de Direitos Humanos.
Representante do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Carlos Nicodemus explicou que o principal objetivo da caravana é trabalhar para construção de afirmação desse valor na sociedade.
“Ainda se tem uma ideia distorcida do que significa o conceito de direitos humanos enquanto valor ético e inerente às relações sociais e humanas. Tentamos trabalhar isso como ferramenta de paz. A construção de uma cultura de paz, a partir desse valor ético dos direitos humanos”.
Coordenadora de Educação e Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República, Salete Moreira afirmou que a caravana tem colhido cartas com recomendações regionais indicando debates e soluções para os governos enfrentarem a violação dos direitos humanos.
A coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos do Complexo do Alemão, Lucia Cabral, também participou da sessão. Ela considera que o mais eficaz seria levar as entidades do governo e da sociedade civil para o local onde ocorre a violação.
Na caravana de hoje, ficou acertada uma sessão até o fim do ano, na área da infância e adolescente, e outra no início de 2015, na Baixada Fluminense. Também foi aprovada moção de repúdio à proposta de redução da maioridade penal, defendida ontem (9) pelo candidato à presidência Aécio Neves (PSDB). Conforme Nicodemus, os indicadores apontam que a participação dos adolescentes na questão da violência é muito pequena.
Editor Armando Cardoso
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