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O governante discursava em Ondjiva, capital da província do Cunene, ao presidir ao ato solene das comemorações do dia do Herói Nacional, feriado alusivo ao nascimento do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, referindo-se assim às críticas sobre violação de liberdades e direitos humanos, numa resolução aprovada pelo Parlamento Europeu.
"Nós, que ao longo de séculos, viemos lutando contra a violação dos direitos humanos, vocês aceitam que hoje nos queiram acusar de estarmos a violar os direitos humanos? Não, porque temos plena consciência que os que nos acusam não têm moral para nos vir dar aulas sobre esta matéria, que muito bem conhecemos", começou por apontar João Lourenço.
"Violação dos direitos humanos foi o colonialismo. Violação dos direitos humanos foi a escravatura que durou não escassos dias, nem meses, nem anos, mas sim séculos eternos. Isso sim é que foi a verdadeira violação dos nossos direitos", enfatizou o ministro, que discursava em representação do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
O Parlamento Europeu (PE) aprovou há precisamente uma semana uma resolução sobre as "tentativas incessantes" das autoridades angolanas para limitar as liberdades de expressão, de imprensa e de reunião pacífica e de associação.
Aprovada em sessão plenária, em Estrasburgo, com 550 votos a favor, 14 contra e 60 abstenções, a resolução, além das limitações de liberdades, notou o nível de corrupção e as deficiências no sistema anti-branqueamento de capitais em Angola.
Autora de um relatório sobre a matéria, que serviu para suportar a resolução, Ana Gomes (PS) citou os vários casos e a sua visita em julho ao território para notar as crescentes "tensões sociais" por causa da crise económica e corrupção e como "povo angolano está cada vez indignado perante a pilhagem de recursos pela elite".
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