Paz a longo prazo e segurança não podem existir sem direitos humanos para todos’, diz chefe da ONU
Na abertura da 31ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, nesta segunda-feira (29), representantes da ONU enfatizaram a relação entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o direito ao desenvolvimento, destacando que as pessoas que vivem em países em conflito e que precisam de assistência humanitária esperam por ajuda da Organização.
“Paz a longo prazo e segurança não podem existir sem direitos humanos para todos”, destacou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O chefe da ONU destacou o acordo feito em dezembro entre Japão e Coreia do Sul em relação às “mulheres de conforto”, que eram escravizadas em bordeis durante a Segunda Guerra Mundial. O pacto inclui um fundo de 8,3 milhões de dólares para as sobreviventes. “Espero que a implementação fiel do acordo, guiada pelas recomendações dos mecanismos de direitos humanos da ONU, ajudem a curar essas feridas”, declarou Ban.
Neste momento de múltiplos conflitos e uma disparada das necessidades humanitárias, destacou o chefe da ONU, a comunidade global deve fazer mais para prevenir as crises e proteger as pessoas. Ele lembrou que este será um dos principais apelos para a ação na primeira Conferência Mundial Humanitária da história das Nações Unidas, que acontecerá em Istambul, Turquia, nos dias 23 e 24 de maio.
Ban sublinhou que a Agenda 2030 é o principal passo em direção aos direitos humanos, enfatizando o seu compromisso de alcançar os mais vulneráveis – afetados por situações de conflito, mudanças climáticas, migrantes, refugiados, deslocados e apátridas.
“Construir muros mais altos e criar regimes mais rigorosos de asilo não contribui em nada para tratar das motivações para os movimentos em massa dessas pessoas”, concluiu.
“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) buscam concretizar os direitos humanos de todos”, lembrou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein. “A responsabilidade está agora na implementação, em cumprir as promessas da Agenda de uma mudança transformadora”, acrescentou.
Zeid afirmou que a comunidade global não pode solucionar problemas que não são conhecidos, destacando a importância de informações recolhidas com precisão para medir o progresso e alcançar os mais vulneráveis, destacando que os ODS, como uma Agenda de ação detalhada, oferecem “grande esperança” às pessoas.
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