sábado, 21 de dezembro de 2013

ONU: “Necessitamos que a educação nas escolas ensine direitos humanos”

Envolverde-jornalismo e sustentabilidade
por Danilo Mekari, do Portal Aprendiz
campanha 300x150 ONU: “Necessitamos que a educação nas escolas ensine direitos humanos”
Abertura oficial da campanha “16 Dias de Ativismo” em Novo Hamburgo (RS)
“Necessitamos que a educação nas escolas ensine direitos humanos e respeito mútuo e inspire as e os jovens a serem líderes a favor da igualdade.” É o que defende Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil, sobre o papel do ensino na erradicação da violência contra mulheres e meninas.
Na data em que se encerra a campanha “16 Dias de Ativismo”, que envolveu mais de 130 países em ações simultâneas em prol de maior comprometimento social para prevenir, punir e erradicar a violência de gênero, Nadine falou ao Portal Aprendiz sobre os desafios que o Brasil enfrenta para reverter a questão.
“É preciso reconhecer que a violência contra as mulheres e meninas é uma expressão de um fenômeno social e cultural de exercício de poder e subordinação entre homens e mulheres, que implica em violações de múltiplos direitos humanos e que não é natural, aceitável ou tolerável em nenhuma cultura, classe social ou religião.”
No Brasil, segundo pesquisa realizada pelo DataSenado, aproximadamente uma em cada cinco mulheres já foi vítima de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Os percentuais mais elevados foram registrados entre as mulheres que possuem menor nível de escolaridade, entre as que recebem até dois salários mínimos e entre aquelas que têm idade de 40 a 49 anos.
“No entanto, a própria pesquisa demonstra que a violência está presente em todas as classes sociais”, afirma Nadine. De acordo com ela, o fim da violência contra as mulheres será uma realidade “à medida que mais pessoas a considerarem inaceitável e passível de ser evitada, e à medida que mais agressores receberem a punição devida”.
Portal Aprendiz – Qual a importância da Campanha 16 Dias de Ativismo no contexto brasileiro de combate à violência contra a mulher? Quais ações ocorreram durante esse período?
Nadine Gasman – A campanha é uma forma chamar a atenção da comunidade internacional para que se conscientize e se esforce para combater a violência contra as mulheres fortalecendo o marco dos direitos humanos. Diversas ações foram realizadas por diferentes pessoas, grupos sociais, instituições públicas e privadas. (Veja aqui um mapa interativo com as ações que ocorreram no dia 25/11).
atividades ONU: “Necessitamos que a educação nas escolas ensine direitos humanos”
Entre as atividades da campanha estavam marchas com o objetivo que denunciar os altos índices de violência praticados contra a mulher no Brasil.
Aprendiz – Como realizar um trabalho educativo com crianças e adolescentes, a longo prazo, que vise eliminar a violência de gênero? E, para além disso, como levar essa educação para a sociedade como um todo?
Gasman - Para citar a Secretária Geral Adjunta das Nações Unidas e Diretora Executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, “necessitamos que a educação nas escolas ensine direitos humanos e respeito mútuo, e inspire as e os jovens a serem líderes a favor da igualdade. Necessitamos oportunidades econômicas equitativas e acesso à justiça para as mulheres. Necessitamos escutar a opinião delas. Necessitamos mais mulheres na política, na polícia e nas forças de manutenção da paz”.
Temos que envolver os Ministérios da Educação para garantir que os direitos humanos, a educação sexual, a igualdade de gênero e a resolução não violenta de conflitos sejam temas centrais nos currículos em todos os níveis da educação. Os professores e professoras também precisam receber formação para ensinar sobre esses temas.
Aprendiz – Qual a avaliação da ONU Mulheres acerca dos sete anos de implementação da Lei Maria da Penha? Quais os principais desafios a serem superados?
Gasman – A Lei Maria da Penha é citada entre as três melhores legislações do mundo com relação ao enfrentamento à violência contra as mulheres no relatório “O Progresso das Mulheres no Mundo 2008/2009″, junto com a lei da Violência Doméstica na Mongólia (2004) e a lei de Proteção contra a Violência na Espanha (2004). É realmente uma lei especial, porque 98% da população a conhece e sabe que a violência contra as mulheres é um crime passível de punição.
A Lei Maria da Penha é essencial, pois deu às mulheres a certeza de que podem falar e denunciar. As mulheres que sofrem violência já não se sentem obrigadas a se calar e aguentar tudo sozinhas. Elas sabem que existe proteção legal para elas, e estão se sentindo encorajadas a denunciar. Então, o que vem aumentando é a visibilidade, a possibilidade de tornar pública a violência doméstica e buscar uma solução. A lei é muito popular, todo mundo sabe que ela existe, e tem sido muito útil na proteção da vida e da integridade das mulheres vítimas de violência.
Porém, o sistema de justiça precisa acompanhá-la. O sistema de justiça brasileiro reconhece de forma irregular a gravidade da violência doméstica e familiar. Apenas um terço dos casos que chega aos tribunais resulta em condenação, e a impunidade ainda é um problema crítico. O Brasil tem uma rede de atendimento que tem que ser fortalecida para garantir que as mulheres que são agredidas tenham acesso a serviços integrais de qualidade. A prioridade do governo através do programa “Mulher, viver sem violência” tem potencial de garantir esse acesso.
* Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.

Direitos Humanos- Conhecendo seus Direitos



Você sabia que....

  • Toda pessoa tem o direito de ir e vir, sem ser molestada.
  • Toda pessoa tem o direito de ser tratada pelos agentes do Estado com respeito e dignidade.
  • Toda pessoa tem o direito de ser acusada dentro de um processo legal, sem torturas e maus tratos.
  • Toda pessoa tem o direito de exigir o cumprimento da lei.
  • Toda pessoa tem o direito de ter acesso ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
  • Toda pessoa tem o direito de ser, pensar, crer e manifestar-se ou amar, sem ser alvo de humilhação ou discriminação.
  • Toda pessoa tem o direito de ter acesso à escola.
  • Toda pessoa tem o direito de ter acesso à saúde.
  • Toda pessoa tem o direito de praticar a religião que escolher.
  • Toda pessoa tem o direito de ter acesso ao trabalho, sem discriminação por doença, deficiência, sexo, cor, religião.
  • Toda pessoa tem o direito de obter certidão de nascimento e certidão de óbito, gratuitamente.
  • Toda pessoa tem o direito à ampla defesa.
  • Toda pessoa tem o direito de não ser torturada.
  • Toda pessoa tem o direito de não sofrer discriminação.
  • Toda pessoa tem o direito de ter preservado a sua integridade física e mental.
  • Toda pessoa tem o direito a ter acesso ao lazer.
  • Toda pessoa tem o direito à previdência social.
  • Toda pessoa tem direito ao amparo à maternidade e à infância.
  • Toda pessoa tem o direito de ser tratada com igualdade, perante a lei.
  • Toda pessoa tem o direito de ser tratada como inocente, amenos que seja condenada judicialmente.
  • Toda pessoa tem o direito à propriedade.
  • Toda pessoa tem o direito de fazer reuniões, desde que sejam pacíficas.
  • Toda pessoa tem o direito de ter segurança.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MP lança cartilha de prevenção a violações de direitos humanos

G Minas Gerais

O Ministério Público lançou recentemente a cartilha “Em busca de respeito e dignidade: um guia de prevenção e assistência a vítimas de violência”. A publicação traz dicas sobre como identificar os diversos tipos de violação de direitos humanos e uma lista de órgãos e entidades que atendem às pessoas atingidas.

De acordo com a promotora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos, Nívia Mônica, a cartilha contém exemplos de violências moral, sexual, psicológica, discriminação racial, doméstica, contra gays e contra crianças. O guia tem, ainda, outras informações úteis como, por exemplo, o caminho percorrido pelo boletim de ocorrência, desde o registro até a decisão judicial, quando seu conteúdo for um crime ou contravenção.

Segundo a promotora, o objetivo do guia é tornar visível a realidade de inúmeras pessoas vitimadas por diversas formas de violência na sociedade contemporânea, assim como as possibilidades de assistência existentes ao alcance de todos.

Para mais informações, acesse o portal do Ministério Público.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

10 de dezembro- Dia Internacional dos Direitos Humanos


Por Mariene Hildebrando

   A Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU é um marco  de luta na história recente. A Declaração surgiu após as duas grandes guerras, o horror e a brutalidade, o desrespeito aos direitos fundamentais principalmente o direito a vida fez com que algumas nações criassem um órgão que promovesse a paz.. A ONU( Organização das Nações Unidas ), que por sua vez proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A internacionalização dos direitos humanos serve para efetivar os direitos reconhecidos internacionalmente. Na área das relações internacionais a Declaração Universal dos Direitos Humanos serve como mais um instrumento de consagração de valores que são tidos como universais  do ser humano. Uma das conseqüências a meu ver é que os países se policiam mais, tanto no âmbito interno quanto no externo, sabem que a ONU e as outras nações estão atentas a tudo o que se passa. Não há mais como ferir os direitos básicos do ser humano sem que outras nações fiquem sabendo, sem que a ONU imponha uma sanção e cobre uma atitude das nações que desrespeitam tais direitos. Apesar disso, a violação dos direitos humanos continua ocorrendo.
A Declaração serve para nortear  a comunidade internacional, promover a cooperação entre as nações e o  respeito  aos direitos e liberdades das pessoas, cabe a  nós todos a observância efetiva de que esses direitos sejam cumpridos.  Acho importantíssimo que haja o respeito de todos a esses direitos, e que as nações estejam atentas para que esses direitos sejam cumpridos  e que cheguem a todos os cidadãos, só assim teremos um mundo mais justo.

 Direitos humanos ou Direitos naturais, individuais, etc, servem para designar a mesma coisa, os direitos fundamentais do homem. Voltando no tempo, mas sempre atual,  temos o  lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade, temos aí três gerações dos Direitos Humanos. Os Direitos Humanos são princípios que servem para garantir nossa liberdade, dignidade, o respeito ao ser humano, são fundamentais para que tenhamos uma sociedade mais justa com igualdade para todos, e para que exista essa igualdade, é preciso haver respeito às diferenças, nem um direito é mais importante que o outro, definir portanto o que são direitos humanos não é tarefa das mais fáceis devido a pluralidade de significados. Os direitos fundamentais correspondem as necessidades básicas do ser humano, aquelas que são iguais para todas as pessoas e devem ser atendidas para que se possa levar uma vida digna.
    Quando falamos em Direitos Humanos, muitas idéias passam por nossa cabeça, muitos assuntos e discussões, vemos os direitos humanos serem violados a todo o momento, em todos os lugares e em todos os tipos de sociedade.   A discussão sobre os direitos humanos cada vez mais se torna um assunto global, não pode ficar restrito a países, culturas e regiões. Entender os direitos humanos numa perspectiva mais abrangente e globalizada é fundamental no tipo de sociedade em que vivemos atualmente.

    Uma sociedade em que vigora o Estado de Direito, o poder sofre uma limitação jurídica, a lei é para todos inclusive para próprio Estado, a ordem jurídica irá dispor inclusive dos direitos e garantias dos cidadãos. Todos são submetidos a ela, o Estado, os cidadãos, sendo que o fim máximo do Estado deve ser a promoção do bem comum. A democracia se submete aos direitos fundamentais.O Estado de Direito assimila esses direitos em sua estrutura. O Estado de Direito é fundamental para a proteção dos direitos humanos.


domingo, 1 de dezembro de 2013

Vamos praticar a tolerância? (Aceitar não é concordar)

Vamos praticar a tolerância?
(Aceitar não é concordar)
 O Significado de “tolerância” está alicerçado na Declaração de Princípios sobre a Tolerância, que diz :
            Art.1º A tolerância é o respeito, a aceitação e a apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. É fomentada pelo conhecimento, a abertura de espírito, a comunicação e a liberdade de pensamento, de consciência e de crença. A tolerância é a harmonia na diferença. Não só é um dever de ordem ética; é igualmente uma necessidade política e jurídica. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de paz. Baseado nesse artigo, podemos afirmar que a tolerância está ligada aos direitos fundamentais básicos, que nada mais são que os direitos universais. Sendo assim está intimamente ligada aos direitos humanos, uma vez que é o que dá a base desses direitos. Ser tolerante não é aceitar tudo, nem concordar com tudo simplesmente. Tolerar é ter respeito pelo que é diferente, por outras opiniões, é entender que posso ter minhas ideias e que o outro tem essa mesma liberdade de se expressar e de agir, sem que com isso eu deva me sentir ofendido. Não é aceitar injustiças e sim compreender o outro, praticando a alteridade, me colocando no lugar do outro e entendendo que a diversidade é saudável. Não posso praticar a tolerância achando que sou melhor, que aceito e entendo o outro e suas escolhas por que ele é inferior a mim. Não devo encarar isso como um ato de benevolência como fazem alguns.
            Como diz a carta de princípios sobre tolerância, “a tolerância não é concessão, condescendência, indulgência” Não é privilégio de alguns, mas sim, faz parte da vida das pessoas, da sociedade como um todo. O Estado tem o dever de proteger as liberdades fundamentais da pessoa humana e seus direitos, como liberdade  de se expressar livremente, seu direito de escolha, de credo, seus valores, as diversidades que fazem parte de cada pessoa. O respeito às diversidades, seja de que tipo for, não implica em aceitar que as desigualdades sociais e econômicas continuem fazendo mais miseráveis, mais pessoas passando fome, desempregadas, ricos mais ricos e pobres mais pobres.  Não podemos permitir sermos tolerantes com essa desigualdade que é opressora e que cada vez mais se torna excludente, na medida em que põem a margem outros grupos sociais menos favorecidos. A palavra chave que define Tolerância é respeito. Respeito ao diverso, a posturas, crenças, ideias, modo de viver, respeito às escolhas individuais, ainda que seja totalmente diferente daquilo que acreditamos ser o certo. Ao contrário, a intolerância, não respeita, é intransigente, não admite opiniões divergentes, é a incapacidade de aceitar a posição do outro e achar que somente  nós estamos certos e com a verdade.
            Existe uma parábola que conta  que um pregador reuniu milhares de chineses para falar-lhes sobre a verdade. Ao final do sermão, em vez de aplausos houve um grande silêncio. Até que uma voz se levantou ao fundo: “O que o senhor disse não é a verdade”. O pregador indignou-se: “Como não é verdade? Anunciei o que me foi revelado pelos céus!” O objetante retrucou: “Existem três verdades: A do senhor, a minha e a verdade verdadeira. Nós dois, juntos, devemos buscar a verdade verdadeira”.
            O intolerante acredita que a verdade correta é a que ele defende. Muitos conflitos poderiam ser evitados não fosse a intolerância. Graves desrespeitos aos Direitos Humanos, guerras de todos os tipos, a intolerância religiosa, motivo de tantos conflitos pelo mundo, a intolerância política, étnica, racial, territorial, cultural e outras tantas que existem. A falta de tolerância no mundo e a que nós mesmos cometemos às vezes, é algo cruel. Como podemos achar que só nós temos razão e estamos certos e levarmos essa crença as raias do ódio e da violência como acontece de vez em quando? Queremos que o outro pense e aja como nós e nos tornamos os donos da verdade. Isso também é uma forma de agressão. A intolerância nos leva a crueldade, a prova disso está na história, está no noticiário, no nosso dia-a-dia.
            É assustador pensar que podemos causar tanta dor e sofrimento aos outros simplesmente porque não conseguimos aceitar que existem outras formas de agir, de pensar, de ser e estar no mundo que não seja a nossa. Todos os tipos de ideias, opiniões, gostos, posturas e escolhas podem e devem coexistir pacificamente. Uma das formas de diminuirmos a intolerância no mundo e na vida das pessoas é a educação. Já se disse que ela é a “ arma para mudar o mundo” e acredito muito nisso. A educação ensina que o respeito e a tolerância são fundamentais, retira o véu da ignorância e nos ajuda a superar as diferenças. Está comprovado que as nações mais desenvolvidas e que tem um melhor nível educacional são mais tolerantes com as diferenças.

            Quando aceitamos algo não precisamos necessariamente concordar, e quando discordamos não precisamos ser intolerantes e agressivos. A mudança começa por nós, é individual. Ser intolerante acontece com a gente às vezes, mas podemos mudar isso, estamos aprendendo aos poucos, vamos exercitar isso nas nossas vidas, nas situações diárias que se apresentam. Mudando atitudes e colocando mais amor nas nossas vidas, por nós e pelos outros.    Vamos usar a educação para superar a ignorância, para ensinarmos aos nossos jovens a fazer diferente, a pensar diferente, superando a intolerância. O conhecimento pode fazer isso. Nós como educadores devemos fazer parte disso, temos o dever de educar para as mudanças que queremos ver.

sábado, 30 de novembro de 2013

Mostra de Cinema de Direitos Humanos terá início neste domingo

A 8ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, alinha imaginação e pensamento na projeção de 38 filmes por todo o território nacional, entre os dias 26 de novembro e 22 de dezembro de 2013. 

Uma história de amor e fúria

São curtas, médias e longas-metragens em formato digital que circulam, alternadamente, pelas 27 capitais brasileiras e interior do País, alcançando mais de 600 pontos extras de exibição através de cineclubes, pontos de cultura, institutos federais de educação profissional, científica e tecnológica, universidades, museus, bibliotecas, sindicatos, associações de bairros, telecentros, entre outros. Em cada cidade, a programação se estende por seis dias, totalmente aberta ao público.

Silêncio

Em sua oitava edição, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul se desdobra em Mostra Competitiva; retrospectiva em homenagem ao cineasta Vladimir Carvalho e Mostra de Realizadores Indígenas. E as plateias é que elegem os melhores filmes, através de uma votação livre a cada final de sessão. Iniciada em dezembro de 2006, em alusão ao aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é uma produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), através do Departamento de Cinema e Vídeo, com apoio da OEI, UNIC-RIO, CTAv, EBC e patrocínio da Petrobras e BNDES. 

Sibila

Com material gráfico distribuído gratuitamente, a 8ª MCDH na América do Sul garante também acessibilidade: toda a filmografia é exibida com closed caption (o sistema permite que legendas informem não apenas o que é dito, mas também todos os sons que fazem parte da cena) para pessoas com deficiência auditiva e haverá sessões com audiodescrição para pessoas com deficiência visual, onde o narrador descreve com o máximo de detalhes o que pode ser visto na cena e o que é indicado fora dela.

Repare bem

“Nossa proposta é utilizar a linguagem cinematográfica para estabelecer um diálogo direto com a população. A Mostra tem o importante papel de disseminar e fortalecer a educação e a cultura em Direitos Humanos, especialmente de forma a alcançar os setores historicamente excluídos ou com menos acesso a bens culturais, tratando do enfrentamento a todas as formas de violações de direitos”, assinala a ministra de Estado-Chefe de Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes.

Para o Reitor da Universidade Federal Fluminense, Roberto Salles, o diálogo com a Secretaria dos Direitos Humanos na esteira da Mostra coloca a Universidade no lugar que ele acredita ser de sua natureza: “um lugar de compromisso com o direito e com a potência da diferença e dos ideais democráticos que visam, antes de tudo, permitir que todos possam participar ativamente dos destinos do mundo”. 

Quando a casa é a rua

Coordenador da oitava edição da Mostra e Chefe do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, o professor Cezar Migliorin reitera: “uma Mostra de Cinema e Direitos Humanos traz a possibilidade de estarmos recolocando constantemente a necessidade de pensarmos e praticarmos o que são os direitos universais das mulheres e homens do planeta. O cinema traz as perguntas e práticas dos direitos humanos para o cotidiano, para as narrativas e histórias de vida que frequentemente seguem à margem das grandes mídias ou das narrativas dominantes. É forte em denunciar as cenas em que os direitos são perversamente divididos em constantes processos de exclusão, mas é ele também que tem a possibilidade de antecipar as cenas do direito de todos, inventando formas de vida que ainda nem sabemos possíveis”. 

Mostra Competitiva de longas, médias e curtas

Mais de 150 inscrições. Pelo crivo da curadoria da Mostra Competitiva, formada pelo cineasta e curador das edições anteriores, Francisco Cesar Filho, além de um coletivo de estudantes da UFF, passaram 24 filmes de diferentes países da América do Sul, sendo 13 longas, 07 médias e 04 curtas. Os filmes selecionados abordam livre e criativamente diversos temas relacionados aos Direitos Humanos, como inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, preconceito racial, direito ao trabalho digno, entre outros, sempre primando pela qualidade cinematográfica. Com um foco em comum: o fortalecimento da educação e a da cultura em Direitos Humanos, o respeito às diversidades, o exercício da cidadania, o compartilhamento da responsabilidade social e o agenciamento coletivo de forças afirmativas da dignidade humana. Unindo originalidade estética e apuro técnico, a Mostra conduz assim o debate crítico, político e transversal que o tema enseja. 

Mostra Homenagem – Vladimir Carvalho

Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília, Vladimir Carvalho fez do cinema uma forma de pensar e intervir no mundo. Nos últimos 50 anos, dirigiu filmes sempre implicados com os destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez do documentário um ato político e frequentemente poético. Nesta homenagem, cinco de seus mais de 20 filmes serão apresentados: Conterrâneos Velhos de Guerra (1991); Brasília Segundo Feldman (1979); O País de São Saruê (1971); Barra 68 - Sem Perder a Ternura (2001); O Evangelho Segundo Teotônio (1984).

Mostra Cinema Indígena

Nos últimos anos, a produção imagética realizada por cineastas indígenas cresceu no país, marcada por abordagens estéticas e políticas. O cinema desses realizadores contribui para o fortalecimento das lutas pelos Direitos Humanos dos indígenas. Os quatro filmes escolhidos pela curadoria para a 8ª MCDH na América do Sul são exemplares contundentes da renovação de sua luta política a partir da apropriação da tecnologia por diversas etnias que constituem os povos indígenas no Brasil. 

Além dos filmes constituintes de cada categoria, serão exibidos títulos convidados, compondo o Programa Especial, como é o caso do documentário produzido pela SDH - Paredes invisíveis: Hanseníase Região Norte - e dos filmes produzidos pela ONU: Os Descendentes do Jaguar, Transformer: AK, Colombia: Wayuu “Gold” e Argentina: Dreaming of a Clean River. 

Com patrocínio da OEI, a Mostra também deixa como legado processual o projeto Inventar com a Diferença, que tem como proposta a capacitação e acompanhamento de educadores de escolas públicas em todas as capitais do país para desenvolvimento de trabalhos audiovisuais em torno da temática dos direitos humanos. A ação paralela, que continua a se desenrolar mesmo após à Mostra, traz em si uma pergunta norteadora: como é possível produzir uma imagem que está à altura estética da experiência de vida das pessoas? Assim, a partir da potência do cinema, propõe exercícios que deslocam o olhar das crianças em direção ao outro, no esforço de inscrever sons e imagens que exprimam formas singulares de estar no mundo. O trabalho realizado nas escolas culminará com a apresentação dos vídeos na 9ª edição da Mostra, revelando um ciclo de continuidade entre as salas de cinema e de aula, a experiência pedagógica, a fruição da arte e a construção identitária.

PROGRAMAÇÃO

Teresina (PI) de 01 a 06 de dezembro 
Cine Teatro Assembleia Legislativa 
Avenida Marechal Castelo Branco, 201 - Cabral 

01 de Dezembro 
19h ABERTURA 
A onda traz, o vento leva (28’) - Uma história de amor e fúria (75’) 

02 de Dezembro 
09h -  Codinome Beija-Flor (16’) - Repare bem (95’) 
14h -  O prisioneiro (24’) - Ilegal.co (70’) 
16h -  Kene Yuxi, as voltas do Kene (48’) 
18h -  Conterrâneos velhos de guerra (153’) 

03 de Dezembro 
09h -  Barra 68 – Sem perder a ternura (82’) 
14h -  Maio, nosso maio (12’) - Insurgentes (83’) 
16h -  Carga viva (18’) - A cidade é uma só (73’) 
18h -  Bicicletas de Nhanderu (48’) - PI’ÕNHITSI – Mulheres xavantes sem nome (54’) 

04 de Dezembro 
09h -  Brasília segundo Feldman (22’) - O país de São Saruê (80’) 
14h -  Caixa d´água: Qui-lombo é esse? (25’) - Doméstica (75’) 
16h -  As hipermulheres (80’) 
18h -  Transformer AK-47s into gruitars (5’) - Colombia: Wayuu “Gold” (9’) - Argentina: Dreaming of a clean river (6’) - Los descendientes del jaguar (29’) - Paredes invisíveis: Hanseníase região Norte (37’) 

05 de Dezembro 
09h - Malunguinho (15’) - Paralelo 10 (87’) 
14h -  Silêncio (12’) - Sibila (95’) 
16h -  Leve-me pra sair (19’) - Kátia (74’) 
18h -  Quando a casa é a rua (35’) - Em busca de um lugar comum (80’) 

06 de Dezembro 
09h -  Caíto (70’) 
14h -  Os dias com ele (107’) 
16h -  O evangelho segundo Teotônio (85’) 
18h -  Acalanto (23’) - As Iracemas (84’)   

Da Redação
redacao@cidadeverde.com

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

"Privacidade na internet faz parte dos direitos humanos", afirma Dilma

A presidente Dilma Rousseff comentou na noite deste sábado, via Twitter, a iniciativa de Brasil e Alemanha, que apresentaram em conjunto, à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), projeto de resolução sobre direito à privacidade na internet. Segundo Dilma, "o direito à privacidade não pode ser submetido a ingerências arbitrárias, como mostram as denúncias de espionagem em países como o Brasil e a Alemanha". A presidente afirmou ainda que "a privacidade na internet faz parte dos direitos humanos e sua defesa deve ter tratamento prioritário nas discussões da ONU".

Nessa sexta, Brasil e Alemanha entregaram à Assembleia-Geral da ONU o texto final da resolução sobre direito à privacidade na internet que os dois países copatrocinaram. O projeto, que será primeiro analisado pela terceira comissão da Assembleia, conclama os Estados-membros a respeitar e assegurar o respeito à privacidade e determina que cidadãos não podem "ser submetidos a ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, família, domicílio ou correspondência".

A proposta, inicialmente brasileira, começou a ser desenhada depois das revelações do ex-técnico da CIA, Eduardo Snowden, de que os EUA espionavam governos, cidadãos e empresas de países, aliados ou não, e o Brasil era um de seus alvos preferenciais. 

Fonte: AE

sábado, 2 de novembro de 2013

Meu livro

http://www.yumpu.com/pt/document/view/15447485/mariene-freitaspdf-terceiro-olhar

Procrastinar...Adiar...

Sinônimo procrastinar: adiar, delongar, diferir, espaçar, pospor, postergar,prolongar, prorrogar, protelar,retardar.
            A palavra é no mínimo esquisita, mas significa tão somente adiar algo, deixar para depois. E Por que deixamos algo para depois? Com certeza porque  é algo que não é prazeroso, que não temos muita vontade  e nem entusiasmo em fazer, talvez seja algo que vá nos causar algum incômodo, irritação, ou que se for feito, poderá trazer um resultado contrário ao esperado, ao que gostaríamos, ou simplesmente a preguiça tomou conta de nós, e um dia a gente vai fazer.
            A tarefa é chata; sei lá porque que deixamos para depois. O fato é que isso pode gerar stress, incômodo, podemos nos sentir culpado por não fazer algo que já podia ou já devia ter sido  feito, mas vai saber porque ainda não fizemos? Talvez e tão somente estejamos agindo contra nós mesmos, nos sabotando, por medo talvez, adiar algo pode nos fazer mais mal do que bem, embora muitas vezes tenhamos a sensação de alívio por temos adiado algo que pode ser dolorido, como conversas por exemplo, decisões que podem mudar a nossa vida, finalizações de situações, coisas que nos causam desconforto e que preferimos não encarar no momento, deixamos para depois.
            E o stress por adiar vai aumentando, e a sensação de fracasso e de se sentir inútil também, sem falar que nos sentimos covardes. Mas nem tudo que adiamos tem esse sentido. Arrumar o armário por exemplo, é chato, fazer os exames de saúde rotineiros, adiamos , um pouco por preguiça e achar que não precisamos e temos coisas mais importantes para fazer, outro pouco porque no fundo temos medo de não estarmos tão bem assim ( melhor não saber), como pensam alguns.
            Mas e aqueles que adiam as coisas por medo de serem felizes? Sim, a felicidade pode causar medos e receios. Tem aqueles que estão tão acostumados a serem infelizes, ou com sua vidinha sem graça, que adiam coisas que sabem que os fariam felizes, coisas que dariam um novo colorido as suas vidas, afinal ser feliz também pode ser assustador, mudar o que está funcionando, mesmo que não seja muito bom, é correr riscos, quem sabe um dia. Deixar para depois pode ser um problema bem mais sério do que parece, adiar as coisas pode nos fazer perder oportunidades, podemos ficar mal vistos, como o,”cara das desculpas que só enrola e não faz nada”. O assunto é tão sério que  o empreendedor, autor e palestrante Christian Barbosa especialista em gestão do tempo e produtividade no Brasil, realizou com mais de 4 mil pessoas uma pesquisa em que perguntou: “você procrastina atividades ao longo da sua rotina?”. 97,4% dos entrevistados responderam “sim”.
            É claro que adiar as coisas de vez em quando é algo  normal, todos fazem  isso, mas quando isso começa a gerar problemas na nossa vida, quando começa a se tornar um recurso que utilizamos quando não poderíamos adiar algo realmente importante, é preciso olhar para nós mesmos com um olhar mais atento,  de observador, e tentar descobrir o que está por trás disso. Que angústias ou problemas estamos querendo esconder com essa atitude de procrastinar tudo.
            Na vida pessoal é normal que isso ocorra mais, porque só temos que dar satisfação a nós mesmos. Adiamos a ginástica ou a dieta, mas é só a nós que estaremos prejudicando, mas quando envolve a vida profissional, e a vida de outras pessoas que dependem as vezes de uma decisão ou de uma atitude nossa, algo a mais tem que ser feito. Corremos o risco de  termos a nossa saúde seriamente abalada por conta disso, pelo stress e desconforto que isso nos causa. Vamos tentar adiar menos, procrastinar menos e fazer mais. Parar de empurrar com a “barriga”. Como diz o velho ditado: Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje.
             Amanhã pode ser tarde demais. Vamos nos ouvir, fazer silêncio, aliviar nossa mente dos problemas e pensamentos originados por que não fizemos, porque adiamos e não conseguimos relaxar, porque ainda falta fazer algo. A paz que tanto almejamos está em nós mesmos, estabelecendo prioridades, vamos realizando pouco a pouco o que tem ser feito, sem angústias, e vivendo o momento presente.

Mariene Hildebrando
Professora e especialista em Direitos Humanos
e-mail: marihfreitas@hotmail.com



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Profª Mariene em aula...




Ministra quer federalização de crimes contra defensores de direitos humanos

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, defendeu nesta quarta a federalização de crimes cometidos contra defensores dos direitos humanos, além de crimes contra jornalistas. A afirmação foi feita durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, que ocorreu na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e discutiu a violência que comunicadores vêm sofrendo ao longo dos anos.
Durante o encontro, Maria do Rosário destacou a importância dos ativistas de direitos humanos para a sociedade e necessidade de eles serem protegidos dos grupos de extermínio. "Essas pessoas também são ameaçadas, então eu diria que se pensarmos na federalização, eu vejo que nós deveríamos ampliar isto, não ser estritamente para os jornalistas, mas também dialogar com as necessidades dos defensores de direitos humanos do Brasil", disse.
O governo convidou entidades do jornalismo brasileiro para integrar uma comissão encarregada de identificar e discutir problemas enfrentados pelos profissionais. Para a ministra, cobertura de temas que colocam profissionais em um risco maior, próximos a grupos criminosos, deve ter maior atenção no âmbito de direitos humanos, de forma a garantir a reprodução de um conteúdo que desequilibre as relações de poder.
O presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Moreira, lamentou que jornalistas brasileiros enfrentem riscos para garantir a liberdade de expressão. O país, segundo ele, está entre os dez piores do mundo para o exercício do jornalismo. "Muitas pessoas têm recentemente questionado a imprensa, criticando. Nós, jornalistas, temos que fazer uma análise, buscar entender o momento, para tirarmos conclusões importantes sobre o exercício da profissão", disse o dirigente.
Na visão da ministra, ainda existem resquícios da ditadura militar nas instituições de segurança pública do país, que precisam mudar suas formas de atuação. "Como eu acredito que policias devem ter cada vez mais uma atuação pública, controlada e observada pela população, todo ataque a jornalistas deve ser analisado como algo que fere as atribuições da polícia, da democracia, que ataca não somente aquele jornalista que está ali, mas também todas as pessoas que tem o direito de saber o que ocorreu no contexto da manifestação".

Agência Brasil

Defesa de direitos humanos é defesa da vida, diz Maria do Rosário




 ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, Maria do Rosário, disse nesta quarta-feira que o debate sobre direitos humanos no País tem que avançar e parar de restringir o tema a estereótipos como "defesa de bandidos". "Todo o trabalho da secretaria tem sido de fomentarmos o tema de direitos humanos para que diga respeito a tudo que contribua para a dignidade e qualidade de vida. Não podemos nos perder em uma visão estreita que observa essa temática a partir da lógica do estereótipo; que enxerga os direitos humanos como defesa dos bandidos", disse Maria do Rosário, durante audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
Maria do Rosário explicou que a lógica que perpassa as políticas voltadas para a promoção dos direitos humanos é, principalmente, a de proteção da vida contra as diferentes forma de violência e citou, como exemplo, o Disque Denúncia, o Disque 100, que em dez anos de funcionamento registrou mais de 3 milhões de atendimentos a vítimas de violência.
"Neste período atendemos a casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, de violência contra idosos, mulheres, homossexuais, o que nos permitiu enfrentar esses crimes em praticamente todos os lugares do Brasil", disse. "A partir daí foi possível estruturar políticas públicas de proteção e combate, não só o Disque 100, mas com a Polícia Federal também."
Durante a audiência a ministra falou sobre o Fórum Mundial de Direitos Humanos, que ocorre entre os dias 10 e 13 de dezembro em Brasília. O evento discutirá experiências de participação social do Brasil e de outros países no respeito às diferenças, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos.
"A intenção é conseguir que as pessoas assumam uma postura protagonista de defesa dos direitos humano, que é a garantia da vida, o apoio integral às pessoas, às vítimas. O fórum visa a reunir esse amplo espectro: aqueles que defendem amplamente a moradia, o trabalho, a saúde, o direitos das crianças e adolescentes, idosos, a educação como direitos humanos", explicou.

Durante a audiência, Maria do Rosário cobrou do Congresso a aprovação do Projeto de Lei 4.715/94 que cria o Conselho Nacional de Direitos Humanos. "Este projeto está há 19 anos em tramitação, eu creio que devemos isso (a aprovação) ao Brasil, porque a sociedade civil quer cobrar mais do seu governo e só há democracia com mecanismos seguros para a sociedade cobrar dos seus governos e instituições o que deve ser feito no âmbito nacional em matéria de direitos humanos", disse Maria do Rosário.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ouvidoria de Direitos Humanos vai fazer relatório sobre a atuação da polícia nas manifestações


Da agência Brasil

A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, da SDH (Secretaria de Direitos Humanos) da Presidência da República, vai elaborar um relatório sobre a atuação da polícia nas manifestações. O ouvidor Bruno Renato Teixeira acompanhou de perto a manifestação dos professores, que acabou em confronto entre mascarados e policiais militares nesta terça-feira (15) na Cinelândia, no centro do Rio.
De acordo com ele, foram colhidos depoimentos de policiais e manifestantes, além das observações feitas in loco, para compor um documento que possa nortear as ações nesse tipo de situação.
— Um relatório isento e imparcial, que demonstre o que de fato está ocorrendo no contexto das manifestações. E que o relatório possa ser um dos instrumentos que vá sensibilizar e articular essa rede de proteção. É tentar mobilizar uma grande rede de enfrentamento a esse tipo de prática e observância dos direitos humanos e das garantias constitucionais.

sábado, 12 de outubro de 2013

Jovem Malala vence prêmio europeu de Direitos Humanos Aos 16, ela é favorita ao Nobel da Paz, cujo vencedor será anunciado na sexta

Veja-Internacional
A jovem Malala Yousafzai, de 16 anos, baleada na cabeça pelo Talibã em 2012 por defender o direito à educação para meninas no Paquistão, venceu nesta quinta-feira o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, concedido pelo Parlamento Europeu. A premiação é considerada o principal troféu europeu de direitos humanos. Malala é a grande favorita para ser laureada, nesta sexta-feira, com o Nobel da Paz.
O prêmio europeu, atribuído anualmente em memória do físico e dissidente soviético Andrei Sakharov, concede ao vencedor uma premiação no valor de 50.000 euros (cerca de 150.000 reais). Os líderes dos grupos políticos da paralemento votaram unanimamente em Malala. O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que estava satisfeito e que a vencedora é uma "menina que demonstrou ter mais coragem do que muitos adultos". "Malala tem coragem de levantar a voz pelos direitos das meninas e, além disso, encoraja as pessoas a seguirem seu exemplo, apesar de viver em mundo dominado pelos homens", acrescentou. A paquistanesa tornou-se a mais jovem vencedora da tradicional premiação. O prêmio Sakharov 2013 será entregue em novembro, em Estrasburgo, na França, em uma sessão do Parlamento Europeu. 
Malala foi alvo de reconhecimento internacional e de ameaças de morte quando passou a denunciar atrocidades do Talibã há quatro anos em um blog na rede britânica BBC. Hoje ela vive na Grã-Bretanha. Em entrevista concedida nesta semana à BBC, afirmou que deseja entrar para a política para mudar seu país - e expressou seu apoio ao diálogo com os talibãs, embora tenha declarado que isso era um tema do governo. Ela vivia numa região do Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, onde militantes islâmicos costumam incendeiar escolas femininas e aterrorizar a população. Os pais de Malala seguem valores conservadores, comuns na região, mas repudiam a “talibanização” e encorajaram a filha a estudar (o pai era diretor da escola em que ela estudava).
Apesar das ameaças, Malala reiterou seu desejo de voltar ao Paquistão. Ela foi levada para a Grã-Bretanha após o atentado e lá frequenta a escola. "O mal de nossa sociedade e de nosso país", declarou, em referência ao Paquistão, "é que sempre esperam que venha outra pessoa para consertar as coisas". Malala admitiu que a Grã-Bretanha causou em sua família uma grande impressão, "especialmente em minha mãe, porque nunca havíamos visto mulheres tão livres: vão a qualquer mercado, sozinhas, sem homens, sem os irmãos ou os pais".
(Com agência EFE)