segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos


Porto Alegre e Viamão sediam a 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

Evento ocorre a partir da próxima terça-feira


Dentre os filmes que serão exibidos está Carandiru

As cidades de Porto Alegre e Viamão receberão a 12ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos, que terá início na próxima terça-feira, 4 de dezembro. As sessões, que serão realizadas no Sesc Viamão (Rua Alcebíades Azeredo dos Santos, 457 - Centro) e na Cinemateca Capitólio Petrobrás (Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico, Porto Alegre), terão também apresentações especiais mediante agendamento.
O tema da mostra deste ano será a 'Declaração Universal dos Direitos Humanos' que, em 2018, completa 70 anos. Tal termo foi criado com o intuito de garantir a liberdade aos cidadãos, além de atuar como uma forma de protesto contra governos fascistas e as milhões de mortes provocadas pela 2ª Guerra Mundial.
Os filmes da mostra retratam as multifaces dos Direitos Humanos, como por exemplo, filmes sobre memória e verdade, questões de gênero, população negra, população indígena, população LGBT, imigrantes, direito das pessoas com deficiência, direito da criança, direito dos idosos, direito da mulher, direito à saúde, direito à educação, diversidade religiosa e meio ambiente. Para possibilitar a acessibilidade, todas as sessões têm closed caption, e em algumas exibições haverão áudio descrição e Libras, além de oferecer a programação em Braille para consulta.
Instituições, grupos e escolas que tiverem interesse em participar das sessões devem realizar contato por meio do e-mail contato@primeirafilaproducoes.com.br ou do telefone (51) 98298.0541 até esta sexta-feira, 30. 



https://www.coletiva.net/pelo-rs/porto-alegre-e-viamao-sediam-a-12-mostra-cinema-e-direitos-humanos-,287188.jhtml

domingo, 18 de novembro de 2018

O Direito a Alimentação

imagem retirada da internet
O Direito a Alimentação

O direito humano à alimentação está entre os direitos sociais no "Art. 6º  da Constituição Federal - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da constituição.
O direito à alimentação também está no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e se encontra em vários outros documentos internacionais.
O direito a alimentação deve ser garantido a todas as pessoas, e para que isso seja possível é necessário que elas tenham como se sustentar por seus próprios meios.  Ao Estado cabe garantir e promover os meios para que isso aconteça, através de políticas públicas que sejam direcionadas principalmente para a população mais carente. No direito a alimentação está incluído o direito de acesso a água, sendo que o direito a alimentação deve estar adequado ao contexto de cada pessoa.  Ter direito a uma alimentação digna, não passar fome é um direito do ser humano essencial à dignidade humana, ao desenvolvimento e à sobrevivência da pessoa. Passar fome é uma violação dos Direitos Humanos. Esses interesses chamados de difusos ou coletivos são de todos, e são protegidos pelo direito.
Junto com o direito à alimentação estão garantidos outros direitos importantes, por isso dizemos que ele é pluridimensional, como o direito à vida, a moradia, etc. É um direito indispensável que ratifica outros direitos fundamentais, como a dignidade humana, a liberdade, a igualdade, sendo o direito à vida imprescindível para que possamos usufruir de todos os demais direitos. Cabe ao Estado promover a consumação desses direitos básicos e a nós, cidadãos cobrar do Estado o seu cumprimento.
A pobreza e a fome são uma realidade brasileira e mundial.  Mais de 13 milhões de brasileiros estão em situação de vulnerabilidade em relação à fome. As classes mais atingidas são as populações que vivem na periferia das grandes cidades, mulheres, negros e pardos,e a população nordestina, estão entre os mais necessitados de alimentos. Esse número se origina de várias causas, entre elas, a grave crise econômica que o país atravessa nos últimos anos, o aumento do  número de desempregados, e, consequentemente isso afeta o investimento em programas sociais, o que pode nos fazer voltar a fazer parte do mapa da fome da ONU( Organização das Nações Unidas) do qual conseguimos sair em 2013, onde menos de 5% da população sofria com a fome. Infelizmente a grave crise que atravessamos fez esse número aumentar de maneira considerável, e a miséria dificulta o acesso ao alimento, junto com outros fatores.  Aumenta a pobreza, consequentemente outros problemas surgem em razão disso, como vários tipos de doenças, desnutrição, distúrbios e doenças causados pela falta de vitaminas, aumento da mortalidade infantil, baixo desempenho escolar e outros. O problema não é que não haja alimentos suficientes, são vários os motivos pelos quais algumas pessoas não conseguem ter acesso ao alimento, um deles é a má distribuição dos recursos básicos para que as pessoas consigam ter acesso aos alimentos, à infraestrutura insuficiente dificulta o contato com os centros urbanos. Outro problema é a enorme desigualdade social, que faz com que algumas pessoas não tenham uma renda que lhes permita comprar alimentos.
A Fome no Brasil e no mundo é uma realidade, são milhões de pessoas no mundo que se encontram na faixa dos subnutridos. O problema aqui não é apenas a saúde, mas a desigualdade que faz com que esse problema seja de difícil solução.  È necessário aplicar mais em políticas públicas para evitar o avanço desse mal. Programas sociais, inclusão, geração de empregos, metas viáveis através de um esforço conjunto, em que a prioridade seja a dignidade da pessoa humana.
Combater à fome, a miséria, promover o acesso aos alimentos de maneira mais igualitária é questão prioritária que envolve a ética, o exercício da cidadania, a saúde pública. O Estado democrático de Direito deve salvaguardar e garantir a todo ser humano igualdade de condições e uma existência digna.
Uma sociedade mais igualitária em todos os sentidos, e que se preocupa com o outro, que preza a igualdade como um direito precioso do qual não podemos prescindir, é o caminho para  a concretização do sonho de um Estado verdadeiramente democrático

Mariene Hildebrando
e-mail: marihfreitas@hotmail.com


Beijaço da resistência!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Rumo aos 70 anos da Declaração dos Direitos do Homem

                                                                                                                                       imagem retirada da internet
No dia 10 de Dezembro deste ano, completam-se 70 anos da declaração universal dos Direitos Humanos. Um marco na busca pela igualdade dos homens e uma data para nunca mais ser esquecida. Nos dias de hoje, pelo menos em princípio, todos os homens nascem iguais. Mas isso já foi muito diferente. E a casta em que se nascia, bem como o sobrenome que se carregava, poderia ser algo que iria definir a sua sorte [boa ou má] pelo resto de sua vida.
            Longos foram os anos em que os direitos dos homens eram poucos ou inexistentes. Onde  a vida humana eram até mesmo propriedade privada de outros seres humanos, cabendo a estes decidirem se eles possuiriam algum direito ou se desfrutariam apenas do direito de estar vivo para servir. Punições cruéis ou trabalhos forçados eram comuns, e fazem parte da história de todas as civilizações onde o poder de alguns poucos prevalecia sobre a vontade de muitos. E ainda que se pense que em alguns lugares do mundo em que vivemos, estes cenários ainda existam, é inegável que houve um avanço significativo no que diz respeito aos direitos humanos. Hoje é indiscutível que, mesmo o cidadão mais comum, deve ter  garantido os seus direitos civis e políticos, seus direitos naturais tais como:  direito à vida, à propriedade , à liberdade, à igualdade, à segurança e tantos outros que hoje parecem tão comuns a todos, mas que já nos foram negados  em um tempo não tão distante assim. Acontece que todos esses direitos mencionados  são aquilo que chamamos de Direitos Humanos fundamentais ou seja, os direitos de todos os seres humanos, direitos naturais, que possuímos desde sempre, são direitos inalienáveis.  O fato é que é consenso entre  as  nações que, nos dias de hoje nenhuma civilização pode sustentar-se sem a ideia de que sem os direitos fundamentais  um povo jamais poderá ser completamente livre.
            De forma mais detalhada, os Direitos Humanos são um conceito filosófico mais antigo do que se imagina. E têm sua gênese em um momento da história onde essas duas palavras, sequer eram imaginadas. Podendo citar-se o “Cilindro de Ciro” como um precursor dessa ideia. Neste documento, escrito por Ciro II, rei da Pérsia, já eram declarados conceitos como liberdade de religião e abolição da escravatura. Tendo este, chegado a ser descrito como a primeira declaração universal dos direitos humanos já existentes. Já na Roma Antiga, todos seus cidadãos com vida política possuíam a chamada “Cidadania Romana”, e o cristianismo,  na Idade Média defendia a igualdade de todos os homens.  Bem, se tantos conceitos de liberdade e igualdade surgiram de tempos bastante antigos seria lógico perguntar-se por que demoraram tanto para que pudessem ser  devidamente estabelecidos. A verdade é que em toda a história da humanidade a tirania e a opressão foram uma constante entre os povos. E os documentos já mencionados, assim como uma adição de documentos que viriam [como por exemplo a “Magna Carta”] foram uma tentativa de contrabalancear o peso da injustiça que caía de uns homens sobre os outros. Mas um problema recorrente era de que essas declarações eram subjetivas e variavam conforme os povos.  A Declaração Universal dos Direitos Humanos tratou de universalizar os direitos, mostrando que não podiam ser tratados como assuntos particulares de cada Estado.
A Declaração surgiu após a segunda guerra mundial, numa tentativa da ONU- Organização das Nações Unidas- de resgatar a dignidade humana por todos os países, um comprometimento que visa a preservação e a promoção dos direitos humanos.
            É um documento internacional que pretende afirmar os direitos universais do ser humano. Segundo o documento, “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
A violação dos direitos humanos continua ocorrendo em todos os lugares, em vários países, infelizmente.  Aqui no Brasil a secretaria de Direitos Humanos divulgou que o número de denúncias de violação desses direitos aumentou 77% em 2012.
Os desafios que ainda temos são grandes. A violência gerada pelo ódio e a discriminação continuam a existir. O desrespeito à pessoa humana também.  Pessoas com subempregos, sem ter onde morar, fugindo de guerras, saindo de seus países e muitas vezes não tendo acolhida e ajuda, o tráfico de pessoas, a escravidão, o trabalho infantil,  a fome, a educação sucateada,são tantas as violações que não dá para  enumerar todas.
Direitos humanos servem para designar a mesma coisa, os direitos fundamentais do homem. Correspondem às necessidades básicas do ser humano, aquelas que são iguais para todas as pessoas e devem ser atendidas para que se possa levar uma vida digna.  São princípios que servem para garantir nossa liberdade, nossa dignidade, o respeito ao ser humano para termos uma sociedade com igualdade para todos.
É inegável que a humanidade evoluiu muito na forma como trata seus semelhantes. Ainda estamos longe do ideal imaginado, muitos seres humanos ainda estão desprovidos de seus direitos mais básicos. E por isso mesmo é tão importante ressaltar esta data que virá. Pois ela marca exatamente o ponto em que estamos. Ainda que longe do ideal, é o momento de maior igualdade e justiça que a humanidade jamais vivenciou ou experimentou. Desafios? Temos muitos. Mas a nossa possibilidade de vencê-los é, neste momento, maior do que jamais foi em toda a história da humanidade. E isso é, certamente, um grande motivo para ser comemorado.
            Um brinde aos direitos de TODOS os seres humanos!

Mariene Hildebrando
e-mail: marihfreitas@hotmail.com

terça-feira, 26 de junho de 2018

Coragem para agir com o coração

Coragem para agir com o coração

“Frequentemente é necessário mais coragem para ousar fazer certo do que temer fazer errado.”
Abraham Lincoln

É preciso coragem para viver, para amar, para ser e estar. Uma qualidade tão importante que existe um dia para se comemorar: Dia 06 de maio.
É preciso coragem para viver corretamente, para lutar pelo que se acredita, para ir em frente quando tudo parece desmoronar.
Coragem para fazer a diferença e para reconhecer quando estamos errados.
Acredito ser a coragem uma qualidade que nem todos possuem. Todos nós sem exceção já passamos por situações que nos fizeram ter vontade de fugir, de correr para não enfrentá-las, por serem situações dolorosas ou que nos apresentavam algum perigo. Aqueles que enfrentam essas situações são diferentes das pessoas, digamos… “comuns”. São pessoas que causam admiração e inveja. Ter coragem é superar o medo.
É preciso coragem para reconhecer que às vezes desperdiçamos tempo e sentimento com pessoas que não tem nenhuma função, nenhum valor, que não agregam que só estão fazendo figuração na nossa vida, e ainda nos sugam.
Quanta energia desperdiçada
Desperdiçamos energia com situações e com coisas também, muitas vezes pelo simples fato de não saber dizer não. É a falta de coragem falando mais alto, não nos deixando agir com o coração. Temos que tirar da nossa vida o que não nos faz bem.  E isso inclui algumas amizades em que tu percebes que o amigo é só tu.
Mas é preciso coragem também para aceitar a felicidade. Sim! Quantas vezes nos boicotamos por medo de ser feliz, ou por acharmos que não merecemos tanta felicidade, por não acreditar em nós mesmos e pensar que essa história de ser feliz é um passo para algo ruim que vai chegar e nos desestabilizar, causando sofrimento. Recuamos e tentamos não parecer tão felizes. Melhor não demonstrar tanto, afinal, dizem que a inveja mata.
É meus caros, tenho que dizer que até para ser feliz precisamos de coragem. Minha felicidade pode “incomodar” os mais “sensíveis”. Precisamos de coragem para mudar aquilo que não está bom, a nossa vida, o rumo da nossa trajetória, sair da zona de conforto, daquilo que já não nos preenche, pelo contrário, causa um desconforto. É preciso coragem para romper com paradigmas. É preciso coragem para entrar em um relacionamento e coragem para sair dele, quando já não nos preenche, quando já não faz crescer.
Que tal agir com mais coragem?
Quando agimos conforme aquilo que pensamos, e de acordo com nossa consciência e nosso coração, estamos agindo com coragem.
Os desafios surgem a todo o momento, uns menores outros maiores, faz parte de viver. Somos capazes de enfrentá-los, basta tomarmos consciência da nossa capacidade e transformar o medo em um impulso de coragem e fazer a diferença.
Algumas decisões que sabemos que vão mexer profundamente com a nossa vida exigem mais tempo e atenção, um olhar mais minucioso e uma visão das perspectivas que se apresentam.  Depois de pensar e analisar, é jogar o medo fora e ir, sobretudo em frente, porque a vida não espera. Se terei a certeza de que estou fazendo o certo? Não sei só o tempo dirá. Mas escolhas precisam ser feitas sempre, até quando escolho não fazer nada, já estou escolhendo, como diz a letra da canção de Charlie Brown Jr:
Cada escolha uma renúncia, isso é a vida…
E viver minha gente é muito bom. Experiências mil, todo tipo de emoção, risos, lágrimas de dor, de felicidade, sonhos, vivências, aprendizados, um turbilhão de sensações, desejos, renúncias, escolhas, algumas boas, outras não tão acertadas assim, mas nos fazendo sentir vivos, parte de algo, parte da vida.
Viver é um ato de coragem que requer um conhecimento de nós mesmos, das nossas vontades, dos nossos desejos, nossos sonhos, nossas limitações. As possibilidades de acertarmos são enormes quando o desejo vem da alma, daí nos surpreendemos com a coragem que nem sabíamos que possuíamos, que brota da nossa essência de sermos muito mais que corpo. Somos seres únicos com infinitas capacidades, somos seres sempre em construção. Somos alma antes de tudo.
Se você acha que a coragem é para quem não tem medo, se engana. A coragem é para quem é forte, para quem tem força de agir para mudar uma situação difícil, para quem quer fazer a diferença, para quem consegue ser da maneira que é sem importar com o que os outros vão pensar. É lutar pelo que se acredita e ir atrás dos seus sonhos. Viver é correr riscos, é se aventurar a todo instante. Como diz Guimarães Rosa em “O Grande Sertão Veredas”
“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”

Direitos Humanos e o meio ambiente


Direitos Humanos e o meio ambiente
Dia 05 de junho é o dia mundial do meio ambiente. Um dia para lembrarmos como estamos tratando o lugar que habitamos. O meio ambiente sendo o lugar onde nos encontramos deve ser nossa  preocupação constante. Preservar os recursos naturais é garantir o nosso futuro e os de nossos filhos netos, e todas as gerações futuras. Esse preceito está garantido no nosso Direito Constitucional.
 Os direitos de terceira geração estão consagrados pelos princípios da Solidariedade ou Fraternidade. Entram aí os interesses coletivos e difusos.  São direitos que tratam do meio – ambiente, da paz, do progresso da humanidade, cooperação entre os países, da autodeterminação dos povos e outros. Alguns desses princípios estão em nossa Constituição federal. Se esses direitos estão baseados no princípio da solidariedade, deduzimos que eles transpassam os limites do individualismo, se pensa no bem estar de uma sociedade. A ideia de solidariedade ultrapassa as fronteiras, é global, se prioriza o bem comum, os interesses da humanidade. Por serem direitos mais recentes, eles estão em convenções e pactos internacionais e não na Declaração Universal dos Direitos Humanos. São eles:
            Direito a qualidade de vida, a um meio ambiente cuidado e preservado, à proteção dos recursos naturais, hídricos, a qualidade do ar que respiramos, a tudo que envolve a ecologia.  A proteção ou a degradação do meio ambiente afeta a todos, uma vez que esse é um bem jurídico que pertence a todos nós. A nossa Constituição Federal destaca no seu art. 225:  Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.  É um direito fundamental e está diretamente ligado a dignidade humana. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente ressaltou que “Os seres humanos estão no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza” 
Cabe a todos nós  o dever de fiscalizar, de cuidar  e defender o meio ambiente. Devemos apostar no desenvolvimento sustentável como forma de progredirmos, utilizando os recursos naturais de forma equilibrada. É sabido que só isso não é o suficiente. Ações conjuntas entre governos e população, instituições e todo tipo de ajuda disponível  e voltada para um meio ambiente sadio, se faz necessário para preservar  a vida no planeta. A conscientização das pessoas é fundamental para que isso aconteça. Pequenos atos no nosso cotidiano já fazem a diferença. Temos que ter claro que violando um direito ambiental, estamos violando direitos humanos também. A utilização racional e cuidadosa dos recursos naturais é que irá nos garantir qualidade de vida. Como direito fundamental consagrado no art. 5º da Constituição Federal ele é um direito irrevogável, do qual a sociedade não pode prescindir, sob pena de colocar em risco a própria sobrevivência.
O direito a um meio ambiente saudável é um direito de tríplice dimensão, quais sejam:   Individual, social e intergeracional. O individual diz respeito a termos assegurados o direito a uma vida sadia, viver com qualidade.
O social, pois é um bem difuso e coletivo, de todos. Segundo Paulo Affonso Leme Machado “Os bens que integram o meio ambiente planetário, como a água, o ar e o solo, devem satisfazer as necessidades comuns de todos os habitantes da Terra”.
É Intergeracional (entre gerações), cabe a geração atual a defesa e a preservação do meio ambiente para as futuras gerações, deve se colocar em prática a solidariedade com os que virão depois. Devemos utilizar com sabedoria os recursos sem, no entanto esgotá-los, pois a vida no planeta depende somente de nós. Promover a convivência harmônica entre a humanidade e a natureza é dever de todos. Adotar um modelo econômico que não agrida o meio ambiente, que diminua o consumo, e que nos faça cidadãos mais críticos e conscientes do nosso papel enquanto indivíduo e enquanto ser que vive em sociedade e, portanto também tem o dever de agir coletivamente.
Mariene Hildebrando/ especialista em Direitos Humanos.
e-mail.marihfreitas@hotmail.com


domingo, 8 de abril de 2018

O Uso do Nome Social


O Uso do Nome Social
No dia 12 de março de 2015 o Conselho Nacional  de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais recomendou escolas e universidades a garantir o acesso e a reconhecer esses estudantes em suas dependências. Essa recomendação vale tanto para a rede pública quanto privada. Dentre as várias mudanças recomendadas esta a que permiti o uso do nome social nas chamadas, a utilização de banheiros e de vestiários conforme sua identidade de gênero. A nova norma que permite a utilização do nome social foi aprovada em setembro de 2017 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), mas só foi homologada pelo MEC agora em 17 de janeiro de 2018.
Para entendermos melhor o que isso significa é preciso dizer que o nome social é aquele com o qual essa população de gays, lésbicas e travestis se identificam, conforme sua identidade de gênero. Permitir  o uso do nome social na educação básica (que compreende a educação infantil, o  ensino fundamental e o ensino médio) nos remete a um princípio fundamental que rege os Direitos Humanos, que é o princípio da  dignidade Humana. O respeito ás diferenças é fundamental  e temos que nos empenhar em combater  o preconceito  e em  incentivar o respeito a diversidade sexual.  É sabido que  uma das causas de abandono escolar e de violência nas escolas é causado justamente pelo bullying  e preconceito que a população LGBT sofre. A norma não atinge apenas o nome social, mas também dá direito ao uso do banheiro e vestiários de acordo com a identidade de gênero da pessoa. Se houver uniforme, também poderá a pessoa utilizar o que for mais conveniente. Essa norma já deveria ter sido aprovada há muito tempo. É uma reivindicação antiga da população LGBT A norma não possui força de lei, mas tem o respaldo de princípios e preceitos constitucionais. É inegável que a aprovação da norma é um avanço importante para a sociedade, mas aí alguns questionam: Como vamos lidar com isso? Os profissionais da educação estão preparados pra lidar com essa situação? Na verdade as escolas e os profissionais da educação não estão preparados para essa realidade. Qual será o procedimento que as escolas adotarão?Como ficará o uso do banheiro, por exemplo?
Fica evidente que tanto a escola como professores e pais não estão preparados para lidar com o tema, apesar de esperarmos que seja no âmbito escolar onde se encontre o meio mais apropriado para a construção do conhecimento, para discussões de temas tão importantes. Devido à falta de oportunidades de questionar às sexualidades, ficam evidenciados também o desconhecimento e a negligência com que o assunto é tratado, até mesmo como forma de não levantar discussão de algo que gera polêmica e requer um posicionamento, o que, de uma maneira ou de outra, acaba nos deixando vulneráveis.O professor precisa perceber que a sua interferência como educador nas relações escolares deve ser cuidadosa, desde o linguajar às atitudes; enfim, é todo um processo que requer cuidados especiais e conhecimento por parte do educador. A diversidade sexual deve ser explorada pelo professor, ele deve levar o estudante a aprender a respeitar o diferente, através de ações que despertem o desejo do aluno de querer entender e participar de maneira sadia dessa nova percepção. O trabalho de inclusão deve ser realizado, é fundamental que a escola oportunize a esses estudantes condições para que eles se sintam à vontade para se assumirem e se expressarem sem medos e sem constrangimentos. O debate deve ser estimulado, a compreensão das questões de gênero é necessária para que o preconceito deixe de existir, ações de combate ao preconceito e a discriminação devem ser estabelecidas e serem incluídas nos projetos pedagógicos. A abordagem do assunto requer planejamento, o tema deve ser inserido no cotidiano escolar,  abordado de forma interdisciplinar, e isso requer entrega dos professores e isenção de opiniões pessoais baseadas em seus valores; a questão deve ser tratada da forma mais natural possível, com respeito e atitudes sadias em relação ao tema sexualidade.A escola continua sendo um lugar que busca formar cidadãos conscientes dos seus direitos, provocar, instigar, favorecer as transformações pessoais e sociais.
O respeito ao ser humano e ao diverso é fundamental para termos uma sociedade com igualdade para todos.

Mariene Hildebrando
Professora e especialista em Direitos Humanos

quinta-feira, 15 de março de 2018

terça-feira, 13 de março de 2018

MEC homologa resolução que permite que transexuais e travestis usem o nome social nas escolas do Brasil

G1- Educação
17/01/2018


O ministro da Educação, Mendonça Filho, homologou nesta quarta-feira (17)
 o uso de nome social nas escolas de educação básica de todo o Brasil. 
A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Ministério da Educação
 na tarde desta quarta.
A nova norma, que havia sido aprovada em setembro de 2017 pelo 
Conselho Nacional de Educação (CNE), e aguardava a homologação pelo MEC 
para entrar em vigor.
Com a mudança, que vale para todas as escolas de educação básica, os estudantes 
poderão solicitar que as escolas usem seus nomes sociais, e não os que constam no RG, 
em documentos de identificação, listas de presença e outros documentos oficiais escolares.
Se o ou a estudante tiver mais de 18 anos, ele ou ela poderá fazer o pedido diretamente.
 No caso de estudantes com menos de 18 anos, o pedido deve ser feito pelo pai, a mãe
 ou a pessoa responsável.
De acordo com o MEC, durante o evento, Mendonça Filho afirmou que a regulamentação
 do nome social para travestis e transexuais na educação básica "representa um princípio
 elementar do respeito as diferenças, do respeito à pessoa humana". Ele disse ainda que a
 mudança faz parte do combate do MEC ao preconceito e ao bullying, e afirmou que esse
 "é um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos".
Respeito às diferenças
Ainda segundo o ministro, a reunião em que foi feita a homologação da nova norma 
contou com a presença de ativistas do movimento LGBTI, incluindo Luma Nogueira de Andrade, 
Na nota divulgada pelo MEC nesta quarta, Luma celebrou a mudança.
 "O nome ser negado significa o não acesso aos espaços educacionais. 
Portanto, se trata de um direito fundamental que é a educação. 
Tenho que ter o mesmo acesso à escola como todas as pessoas neste país, 
considerando as minhas singularidades", explicou ela.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Defensores dos Direitos Humanos são hipócritas e histéricos???

Segundo li num artigo publicado por Cristina Miranda em um blog chamado Blasfémias, é isso que ela acha que são os defensores dos Direitos Humanos.

Hipócritas são todos os que fecham os olhos ao que ocorre não só na Venezuela, mas no mundo. Os defensores dos Direitos Humanos são menos hipócritas porque segundo o que está escrito no texto , eles são histéricos, e ser histérico quer dizer que se exaltam, se irritam e não ficam calados diante das injustiças. Todo cidadão pode e deve agir de acordo com o que acredita, Independente de ser defensor dos Direitos Humanos. As injustiças praticadas por governos ditatoriais, corruptos, e, que praticam o total desrespeito aos direitos do homem não é novidade. Como cidadãos devemos nos posicionar e tomar atitudes contra atos desumanos ou de privação de direitos.  Se bancar o histérico vai chamar atenção para o problema, vai mobilizar pessoas, governos, entidades, vai fazer com que mais pessoas despertem para os problemas existentes no mundo, que não se resumem a Venezuela, então está muito bom. Chamar de hipócrita quem tenta dar voz aos que necessitam, quem procura tentar diminuir as diferenças é no mínimo uma atitude leviana e de  desrespeito  a quem tenta fazer algo pelo outro. Atacar os defensores dos Direitos humanos e tratar com desconsideração quem luta pelo direito, é bem mais fácil que atuar de modo concreto.
Sempre desconfiei de pessoas que se julgam juízes capazes de julgar e sentenciar  sem a menor culpa.
Concordo que existe um “silêncio ensurdecedor” sobre o que se passa na Venezuela,e  na África, e com o que acontece aos refugiados, e com a fome no mundo, com as mortes e atrocidades cometidas em nome da intolerância religiosa, com os desmandos dos governantes, com a falta de comida, de moradia, de emprego, tráfico de pessoas etc... os problemas são muitos, poderia continuar enumerando mais uma centena de violações  aos direitos humanos e de violação da dignidade humana.

 Segundo essa senhora:
Onde andam os histéricos defensores dos direitos do homem? Não andam. Sumiram.

Sinto dizer que estão por aí só tentando ajudar, dar voz e lutando pelos mais fracos e necessitados, fazendo algo, em vez de apenas criticar. 

Precisamos de mais ação e menos falação!

 o artigo: https://sim-senhor-ministro-cristinamiranda.blogspot.com.br/2018/01/onde-estao-os-hipocritas-defensores-dos.html?spref=fb